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8 fev 2013

Emprego industrial recua 1,4% em 2012

O número de horas pagas aos trabalhadores do setor também apresentou queda no ano, de 1,9%


Daniela Amorim, da Agência Estado

            O emprego na indústria recuou 1,4% em 2012, conforme informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Na passagem de novembro para dezembro, na série livre de influências sazonais, o recuo foi de 0,2%.

Na comparação com dezembro de 2011, o emprego industrial apontou queda de 1,3% em dezembro do ano passado.

O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria ficou estável na passagem de novembro para dezembro (0,0%), após recuar 0,2% na leitura anterior. Em 2012, a queda acumulada foi de 1,9%, revertendo os resultados positivos registrados em 2011 (0,3%) e em 2010 (4,1%).

No ano passado, 14 dos 18 setores pesquisados tiveram taxas negativas, com destaque para vestuário (-9,8%), calçados e couro (-6,5%), têxtil (-4,9%), produtos de metal (-3,0%), madeira (-8,3%), papel e gráfica (-3,7%), meios de transporte (-2,2%), metalurgia básica (-4,7%) e outros produtos da indústria de transformação (-3,3%).

Na comparação com dezembro de 2011, o número de horas pagas caiu 1,2% em dezembro de 2012, a 16ª taxa negativa consecutiva. Entre as regiões, 12 dos 14 locais apresentaram queda, tendo como principal influência para o total nacional o recuo de 3% em São Paulo.

Valor da folha de pagamento

O valor da folha de pagamento real teve uma queda de 2,3% na passagem de novembro para dezembro, após avançar 7,9% na leitura anterior. Segundo o IBGE, tanto o setor extrativo (-6,0%) como a indústria de transformação (-2,7%) tiveram recuo em dezembro, puxado pelas expansões mais acentuadas verificadas no mês anterior (de 8,3% e 7,4%, respectivamente), quando houve pagamento da primeira parcela do 13º salário e de participação nos lucros em grandes empresas.

No fechamento de 2012, o valor da folha de pagamento real avançou 4,3%, com taxas positivas em todos os 14 locais investigados. O destaque foi São Paulo, que teve aumento de 2,1% no ano.

Entre os setores, a folha de pagamento avançou em 15 das 18 atividades pesquisadas no País, impulsionado por alimentos e bebidas (9,6%), máquinas e equipamentos (6,1%), indústrias extrativas (8,8%), produtos químicos (4,4%), meios de transporte (1,9%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (4,1%), minerais não-metálicos (5,6%) e outros produtos da indústria de transformação (6,0%).

Na comparação com dezembro de 2011, a folha de pagamento cresceu 8,0% em dezembro de 2012, o 36º resultado positivo consecutivo.