Compradoras online dão dicas do que evitar e do que apostar em sites de moda

A blogueira Paula Pfeifer, 29, mora no Rio Grande do Sul e abastece o guarda-roupa pela internet, principalmente em sites estrangeiros.?Compro pouquíssima roupa de lojas online brasileiras. Prefiro as estrangeiras, são muito mais baratas?, compara a criadora do blog ?Sweetest Person?. O comércio eletrônico internacional também atrai a arquiteta Leika Morishita, de 31 anos, que mora em São Paulo. ?No Brasil, quase nunca compro roupa e sapato online porque posso ir até a loja e checar de perto?, acredita.


No caso da engenheira de petróleo Roberta Luna, 30, as compras pela internet podem tanto ser em sites nacionais quanto estrangeiros, desde que ela tenha tempo para refletir e não acabe comprando por impulso. ?As compras ?ao vivo? [na loja] me deixam um pouco em dúvida?, diz Roberta, que mora em Recife.


Apesar do mundo de opções proporcionado pelas compras de roupas e acessórios online, que inclui ainda a adequação do horário da compra a rotina do cliente, as três consumidoras apontam limitações, todas relacionadas ao fato de não poder pegar e testar o produto no corpo antes de comprá-lo. Paula diz que não compra calças jeans. ?Sou baixinha e meu tipo de corpo é complicado para encontrar um jeans que vista bem até mesmo em lojas físicas.?


De acordo com o Procon de São Paulo, o consumidor que comprou algo em uma loja virtual tem até sete dias para fazer uma troca gratuitamente ou desistir da compra, a contar do ato do recebimento do produto. Este direito, no entanto, só se aplica às lojas brasileiras. No caso dos sites estrangeiros, o consumidor só poderá exigir o que estiver dentro da política de troca e devolução da loja.


O que não comprar


A pernambucana Roberta foge dos calçados, ainda mais se a compra envolver uma sandália mais sofisticada de salto alto. ?É difícil até mesmo quando você vai à loja e prova 30 pares para achar um ou dois que fiquem bem. Se for para comprar sapato online, eu geralmente escolho um modelo básico, como rasteirinha ou sapatilha?, diz.


Para Leika, além dos sapatos de salto alto, não dá para comprar pela internet vestidos de festa ou aqueles modelos que ficam mais sequinhos no corpo. “Quando a roupa veste certinha é complicado mesmo pegando medidas, porque o toque do tecido, quando a roupa é mais justa, também conta?, afirma a arquiteta.


Fita métrica na mão


Compradoras online de longa data, Leika, Paula e Roberta compartilham algumas dicas. A primeira é saber as medidas do corpo ou ter uma fita métrica ao alcance. “A maioria dos sites tem um guia de como tirar medidas do seu corpo”, diz Leika. “Presto atenção no corpo da modelo e no tamanho que ela está vestindo. Às vezes, essa informação aparece nos sites?, complementa a arquiteta. Para Roberta, vale saber as medidas do corpo tanto em centímetros como em polegadas, medida padrão nos Estados Unidos.


?Arrisque-se?, sugere Paula. ?Fale com alguém que já tenha comprado para ter uma ideia do tamanho. As lojas disponibilizam uma tabela de medidas. É só não ter preguiça de encontrá-la no site e descobrir qual o tamanho mais indicado para você.”


No caso de compras de sapatos em sites estrangeiros, a situação fica mais difícil porque a numeração difere de país para país. A padronização brasileira até facilita a compra online por aqui, mas quando cruzamos a fronteira, é preciso pesquisar, comparar os tamanhos. Alguns sites facilitam a vida do consumidor e trazem uma tabela de conversão.


Sites do exterior

Leia também