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10 jun 2011

Casa de Criadores une conforto e vestidos de tapete vermelho

O primeiro dia da 29ª edição da Casa de Criadores, agora no Museu Afrobrasileiro, no Ibirapuera, apostou em silhuetas confortáveis para os homens modernos e em roupas de festas dignas de tapete vermelho. Boas interpretações também inspiradas em obras de artistas plásticos brasileiros foram destaques no evento, que agora tem como cenário uma bonita escada de fundo.

Os desfiles tiveram ainda silhuetas justas em látex cor-de-pele e peças para garotas com um pé no mundo adulto, mas guardando a liberdade de se vestir. Abrindo a noite, desfile de alunos do Senac, alguns com bons resultados finais na modelagem e finalização das peças.

Liberdade
No line-up principal, Karin Feller fez sua moda jovem crescer um pouco, sem perder o espírito leve e livre de suas clientes. Também sem mudar muito seu conceito de moda comercial, a estilista pensou em pássaros migratórios, cavalos selvagens e liberdade para compor o verão 2012.

Peças larguinhas, como shorts, calças e vestidos vinham com sobreposições de blusinhas ou com camisas também menos ajustadas. Tudo gostoso de usar, principalmente para quem tem pernas bonitas e adora a descontração na hora de compor um look confortável. As estampas, ponto forte do verão, tinham âncoras, xadrezes e andorinhas aquareladas. Uma coleção ok sem arroubos de criatividade, dentro do que Karin sempre fez, desde que se apresentou pela primeira vez no evento, em dezembro de 2008.

Efeito cinético
A grife de Rodrigo Rosner, a R.Rosner, inspirou-se nos movimentos de cores e luzes de Abraham Palatnik e em sua obra cinética para criar belíssimos vestidos de noite, como o prateado usado por Vivi Orth, com a parte de cima justa e rígida e a saia esvoaçante e levemente transparente.

Aliás, a coleção chique e bem feita valorizou principalmente as saias mais fluidas e o dorso mais justo. Mas o estilista trouxe ainda calça reta mais larguinha branca com desenhos em traço preto e um tipo de hot pants lembrando os efeitos de luz do artista plástico com um camisa mais ampla, de mangas bufantes.

Inspiração fálica
Também inspirado em outro artista plástico brasileiro, Francisco Brennand, o talentoso estilista Jadson Raniere criou silhuetas masculinas e femininas em alfaiataria de algodão, malha resinada, tule normal e siliconado e látex. Destaque para esse último material que vinha em vestidos justos e em camisetas larguinhas e coletes compridos para os meninos.

Quase toda a coleção em tom terroso e bege, mas com boas inserções de preto, amarelo e vermelho, além de estampas de flores no look inteiro, inclusive na bota. A silhueta, apesar de algumas mais soltinhas, tinham a imagem mais longilínea, lembrando o universo do artista e suas obras fálicas. Mas tudo bem confortável.

Conforto
Para os homens descolados e modernos, Mario Francisco, da Der Metropol pegou o conforto como mote para traduzir sua inspiração no filme As sete faces do Dr. Lao. Resultado: a roupa que a marca sempre faz, em linho e malha, com modelagens mais larguinhas nas calças e algumas boas ideias, como o macacão solto com botões na diagonal e a jaqueta transparente com desenhos coloridos bordados. Ponto também para as estampas de monstrinhos e rostos com cabelos de cobra que enfeitavam algumas peças.


 


Fonte: Terra


http://moda.terra.com.br/noticias/0,,OI5177110-EI1119,00-Casa+de+Criadores+une+conforto+e+vestidos+de+tapete+vermelho.html