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16 maio 2014

Brasil e Argentina acertam linha de crédito para tentar destravar comércio.

O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Mauro Borges, e o ministro da Economia argentino, Axel Kicillof, assinaram um memorando de entendimento que facilitará a concessão de crédito para operações de importação e exportação entre empresas do Brasil e da Argentina.

O financiamento será operado por bancos privados. Segundo Borges, o governo poderá se valer de instrumentos de proteção cambial, como o hedge, para garantir as operações de crédito. O prazo mínimo das operações é de 90 dias. Não foi estabelecido o total de recursos que serão disponibilizados, já que as operações serão privadas e irão variar de acordo com a demanda. Contudo, pelo menos R$ 2 bilhões serão necessários para dar liquidez ao comércio entre Brasil e Argentina.

De acordo depoimento do ministro, o memorando será o primeiro passo para destravar o comércio bilateral e servirá, sobretudo, para dar confiança aos importadores e aos exportadores dos dois países. O acordo começou a ser esboçado pelo governo brasileiro após a desvalorização do peso, em janeiro deste ano, que fez o banco central argentino conter a saída de dólares, afetando as empresas brasileiras.

O acordo firmado, contudo, não possui medidas para enfrentar entraves burocráticos como a emissão das DJAIs (Declarações Juramentadas), exigidas pelo governo argentino de empresas que querem exportar produtos para o Brasil. Os empresários brasileiros cobram mais rapidez na emissão desses documentos e na conseqüente liberação das mercadorias. Somente os empresários do setor calçadista brasileiro reclamam que há 700 mil pares de sapatos presos na alfândega argentina.

Fonte: Folha SP