SÃO PAULO – O Índice de Preços ao Consumidor (IPC), apurado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), registrou deflação de 0,08% na segunda quadrissemana de junho, depois de ter apontado inflação de 0,05% na primeira quadrissemana. O indicador, que mede a inflação da cidade de São Paulo, ficou pouco acima da mediana das estimativas dos analistas consultados pelo AE Projeções, que era de -0,09%. As previsões iam de -0,17% à estabilidade. No segundo levantamento de maio, o IPC havia registrado inflação de 0,56%.
A taxa negativa representou a primeira deflação na cidade de São Paulo desde a terceira quadrissemana de junho de 2010, quando o indicador da Fipe caiu exatamente 0,08%. Também significou a taxa mais baixa do índice de inflação na capital paulista desde a primeira quadrissemana de julho de 2006, quando houve deflação de 0,19%. A informação consta da série histórica da instituição, que, na primeira quadrissemana de junho de 2011, havia divulgado um IPC com taxa positiva de 0,05%.
Dos sete grupos pesquisados, dois tiveram aceleração da alta de preços em relação ao levantamento anterior: Habitação, que passou de 0,23% para 0,29%, e Educação, que havia apresentado alta de 0,06% na primeira quadrissemana e agora apontou 0,07%.
Todos os demais grupos tiveram desaceleração de preços, sendo que Alimentação e Transportes continuaram a registrar deflação, desta vez mais acentuada. Os preços do grupo Alimentação, que haviam recuado 0,29% na primeira quadrissemana, caíram 0,58% na segunda quadrissemana. Em Transportes, os preços passaram de um declínio de 0,74% no primeiro levantamento do mês para uma queda de 1,10% na segunda pesquisa.
No grupo Despesas Pessoais, os preços haviam subido 0,49% na primeira quadrissemana de junho e desaceleraram para uma alta de 0,41%. O grupo Saúde, que havia registrado alta de 0,59% no último levantamento, desacelerou para 0,52%. Em Vestuário, os preços haviam apresentado alta de 1,03% na pesquisa anterior e agora desaceleraram para 0,93%.
Os grupos Transportes e Alimentação foram os maiores responsáveis pela deflação na segunda quadrissemana deste mês. De acordo com a Fipe, o conjunto de preços dos Transportes saiu de uma queda de 0,74%, na primeira leitura do mês, para uma baixa de 1,10% na segunda medição de junho e respondeu por um alívio de 0,18 ponto porcentual para a taxa geral do IPC.
A Alimentação, por sua vez, saiu de uma redução de 0,29% na primeira quadrissemana para um declínio de 0,58% na segunda leitura de junho. O recuo mais intenso do grupo respondeu por um alívio de 0,13 ponto porcentual no resultado geral.
No lado das altas, o grupo Habitação representou uma contribuição de 0,10 ponto porcentual para o IPC. Entre a primeira e a segunda quadrissemanas de junho, a variação positiva do conjunto de preços passou de 0,23% para 0,29%.
Veja como ficaram os grupos que compõem o IPC na segunda quadrissemana de junho:
Habitação: 0,29%
Alimentação: -0,58%
Transportes: -1,10%
Despesas Pessoais: 0,41%
Saúde: 0,52%
Vestuário: 0,93%
Educação: 0,07%
Geral: -0,08%