O número de horas pagas aos trabalhadores da indústria, já descontadas as influências sazonais, caiu 0,9% em outubro, na comparação com o mês imediatamente anterior. O resultado faz parte da Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes), divulgada nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A queda de outubro significou a segunda perda seguida, o que levou a um recuo acumulado de 1,7% nesses dois meses. Com isso, o índice de média móvel trimestral caiu 0,5% nos três meses encerrados em outubro – na comparação com o trimestre terminado em setembro – e manteve uma trajetória negativa iniciada em abril.
Na comparação com outubro do ano passado, o número de horas pagas caiu 1%, a segunda queda seguida e a menor taxa desde o recuo de 1,4% em dezembro de 2009 neste tipo de comparação.
No acumulado em 2011, o número de horas pagas apresenta alta de 0,9% frente a igual período do ano anterior, enquanto no acumulado em 12 meses encerrados em outubro a alta chega a 1,4% em relação aos 12 meses imediatamente anteriores.
A comparação com outubro do ano passado mostra taxas negativas em quatro dos 14 locais pesquisados pelo IBGE. A queda foi puxada por São Paulo, onde o número de horas pagas caiu 3,6%, pressionado pelo recuo em 15 dos 18 setores investigados na capital paulista.
As principais quedas frente a outubro do ano passado aconteceram em produtos de metal (11,1%); alimentos e bebidas (4,0%); metalurgia básica (17,4%); borracha e plástico (7,4%); papel e gráfica (8,2%); têxtil (6,6%) e calçados e couro (8,7%).
Na média dos 14 locais pesquisados, o número de horas pagas diminuiu em 11 dos 18 setores pesquisados na comparação com outubro do ano passado. As principais influências negativas, todas apresentando queda, vieram de calçados e couro (8,4%); produtos de metal (5,1%); vestuário (4,2%); madeira (11,4%); papel e gráfica (5,2%); borracha e plástico (4,5%); e têxtil (4,8%).
Meios de transporte (5,6%); máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (5,3%); alimentos e bebidas (1,3%); e máquinas e equipamentos (3,1%) deram as principais contribuições positivas.
(Rafael Rosas | Valor)