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17 out 2014

Luxo mundial: um crescimento agora moderado, mas perene

Um crescimento menos sustentável, mas perene, está é a nova norma do mercado mundial do luxo, que deve atingir os 223 bilhões de euros este ano, ante os 217 bilhões alcançados em 2013, segundo um estudo da Bain & Company publicado na última terça-feira (14).

A consultoria conta com um avanço de 2% este ano, com taxas de câmbio correntes, das vendas de bens pessoais de luxo (ante +3% em 2013) e de 5% com taxas médias de câmbio (ante +7%). 

O mercado do luxo “alcançou um ritmo de crescimento menos sustentável, porém mais perene”, segundo este estudo realizado em colaboração com a Fondation Altagamma, que reúne os grandes nomes do luxo italiano. 

“A tendência de baixa em 2014, devida às flutuações monetárias, a uma economia europeia ainda fraca e a outros fatores exógenos, tais como as crises da Criméia e da Ucrânia e as manifestações em Hong Kong, foi compensada pelo apetite dos consumidores chineses, pela vitalidade dos consumidores americanos e por um mercado japonês que reata com o luxo”, observa o estudo. 

Todavia, pela primeira vez este ano, o mercado do luxo na China continental está recuando, 2%, com uma taxa de câmbio corrente, e 1%, com taxas médias de câmbio, por causa do controle mais restrito dos gastos com luxo e por causa da mudança nos hábitos de consumo, aponta a Bain & Company, que revisa assim para baixo a sua previsão. 

Em seu estudo publicado na primavera, a consultoria contava com um crescimento do luxo indo de 2% a 4%, com taxas médias de câmbio, este ano na China continental. 

No entanto, a clientela chinesa do luxo continua a ser a que avança mais rápido, gastando “em média três vezes mais no exterior que na China continental”. 

O crescimento do luxo foi forte este ano no Japão (+2%, com taxas de câmbio correntes, e +10%, com taxas médias de câmbio) e no continente americano (+3%, com taxas de câmbio correntes, +6% com taxas médias de câmbio). 

Quanto à Europa, o Velho Continente apresenta 2% de avanço. 

Fora Japão, China e América do Sul, todos os mercados estão sendo fortemente puxados pelos gastos dos turistas. 

Na Europa, o estudo observa uma desaceleração geral das compras de luxo dos viajantes provenientes de países que não pertencem à União Europeia.

Fonte: FashionMag