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13 jan 2012

Juro e inflação menores impulsionaram varejo ampliado, diz IBGE

A redução da taxa básica de juros (Selic) e o arrefecimento da inflação foram os pilares do crescimento de 1,5% do varejo ampliado em novembro frente a outubro, avalia o técnico da coordenação de serviços e comércio do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) Nilo Lopes, ao comentar a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira. Na passagem de setembro para outubro, a atividade varejista ampliada havia apresentado queda de 0,3%.

?O governo optou pela redução de juros em razão do PIB [Produto Interno Bruto] do terceiro trimestre apresentar números fracos. Existe também a sinalização do governo de haver afrouxamento monetário, o que também estimula o consumo?, diz Lopes, acrescentando que uma melhora na percepção dos consumidores em relação à crise europeia também pode ter levado as pessoas às compras.


Catalisadoras do crescimento do comércio varejista ampliado em novembro ante outubro, ao crescerem 4,6% nesse período, as vendas de veículos e motos, partes e peças pode ter seu avanço interrompido. A ameaça decorre da elevação, ocorrida em dezembro, do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos importados de fora do Mercosul e do México ou que tenham menos de 65% de conteúdo brasileiro. A afirmação é do especialista do IBGE.   


Não fosse o aumento do IPI, disse Lopes, seria esperado mais um aumento no volume de vendas de veículos na próxima pesquisa, de dezembro. Apesar da alta entre outubro e novembro, na comparação com novembro de 2010 as vendas do setor caíram 2,9%.


?A recuperação das vendas de veículos na ponta não alterou o cenário negativo do segmento, reflexo das medidas macroprudenciais que atingiram fortemente o setor, muito dependente de crédito?, disse Lopes, referindo-se às medidas de restrição ao crédito adotadas pelo governo no fim de 2010 e ao longo de 2011 para diminuir a demanda.


No período janeiro-novembro, a comercialização do segmento aumentou em 6,9%, ao passo que em 12 meses encerrados em novembro a alta é de 8,4%.Na passagem de setembro para outubro, o volume de vendas de veículos e motos, partes e peças caiu 2,6%.


?Acredito que com um afrouxamento monetário as vendas do setor possam melhorar?, acrescentou o técnico do IBGE.  


Já as vendas de materiais de construção subiram 1,3% em novembro frente a outubro, quando registraram pequena elevação de 0,1%. O resultado de novembro de materiais de construção foi 6% acima do verificado em igual mês de 2010. No acumulado do ano até novembro, o setor tem crescimento de 9,5%, enquanto em 12 meses encerrados em novembro, o avanço é de 10%.


Na avaliação do IBGE, o desempenho do segmento de material de construção está associado ao aumento da oferta de crédito para o setor habitacional, cujo saldo em 12 meses até novembro cresceu 46,2%, segundo o Banco Central.


O crescimento do varejo ampliado em novembro frente a outubro é creditado também à redução da taxa básica de juros (Selic) e ao arrefecimento da inflação, afirma o especialista do IBGE.


O setor de hiper e supermercados avançou 1,3% em novembro na comparação a outubro, depois de crescer 0,2% em setembro frente a agosto e ficar estável em outubro ante o mês anterior.


Em relação a novembro de 2010, hiper e supermercados apresenta alta de 6,3%. No acumulado do ano até novembro, o segmento registra alta de 4%, enquanto a taxa em 12 meses até novembro é positiva em 4,2%.


?O segmento de hiper e supermercados melhorou devido à redução no preço de alimentação em casa?, afirma Lopes. Corroboram as palavras do especialista do IBGE os números do Índic