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14 dez 2012

Indústria têxtil fica US$ 10 bi menor

A indústria de roupas e confecções estima contabilizar, ao final de 2012, faturamento bruto de US$ 57 bilhões. Conforme as previsões do sindicato do setor, o Sindivestuário, haverá queda de US$ 10 bilhões, na comparação com o ano passado. “O resultado se deve à queda de produção e à variação cambial. Se nada acontecer para mudar o cenário, o faturamento de 2013 será ainda menor”, afirma o presidente da entidade, Ronald Moris Masijah.

A compilação de dados sobre a produção física industrial do setor, elaborada pelo Sindivestuário (com base em números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística ? IBGE) aponta retração de 4,6% na atividade têxtil e de 10,63% em vestuário, de janeiro a outubro de 2012, ante igual período de 2011. “Esse 10,63% é recorde histórico para nós”, lamenta Masijah. Em São Paulo, na mesma base de comparação, houve retração de 5,73% na área têxtil e de 17,65% na de vestuário.

Reivindicações ? Pela sua análise, 2012 terá sido o pior ano das últimas duas décadas para o setor. E 2013, sentencia, é decisivo para se definir o futuro. “Depende do governo. Ele terá que decidir se quer manter a indústria têxtil e de confecção no Brasil ou se vai abrir mão delas. Os Estados Unidos e a Europa abriram mão e estão arrependidos”, alerta.

O setor aguarda que o governo federal analise relatório encaminhado em setembro último, com pedido de salvaguarda, a ser encaminhado à Organização Mundial do Comércio (OMC) para inibir importações.

O setor também reivindica regime tributário diferenciado, com permissão para que todas as empresas ? independentemente do faturamento anual ? possam aderir ao regime tributário do Simples Nacional. A proposta visa eliminar a pulverização da produção, alimentada por empreendimentos que se dividiram em pequenas indústrias, para não perder os benefícios dessa adesão, e resgatar o ganho de economia de escala.

São Paulo ? Para o executivo, no âmbito federal não acontecerá mais nada, neste ano, que possa reverter o cenário de “catástrofe” para o setor, mas há esperanças na esfera estadual.

Há dois meses, o sindicato se reúne com representantes do governo paulista com esse objetivo. O próximo encontro acontece hoje. A expectativa é a de que seja renovado o decreto que reduz de 12% para 7% a alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para a área têxtil e de confecção.