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19 dez 2017

Índice de Viabilidade do Vestuário – Dezembro 2017

O IVV – Índice de Viabilidade do Vestuário – do mês de dezembro/17 ficou em 78,3 e mostra que, finalmente, o ambiente para a produção industrial está melhor. As notícias da macroeconomia ajudaram muito nesse quadro. No ano passado, em dezembro, o IVV estava em 54,1. Importante sublinhar, a base do indicador é o ano de 2010=100.

O índice agrupa as tendências de variáveis que impactam na competitividade da indústria de vestuário paulista. Assim, números maiores significam um ambiente mais propício à atividade produtiva. É nítida a distância entre o IVV de 2017, frente ao de 2016. O que mudou tanto? Como o indicador é uma representação do ambiente de negócios, ele é capaz de captar as mudanças em vários outros indicadores. Vamos avaliar alguns deles.

Primeiro ponto, a inflação – que retira poder de compra da população e reduz a aquisição de vestuário, concentrando as comprar em bens extremamente essenciais, como alimentação – caiu muito no período. Nesse ano, o IPCA deve fechar em 2,9%, diante dos quase 7% do ano passado.

Segundo, a taxa básica de juros caiu de 14% a.a. (em grande parte de 2016) para 7% ao ano, em 2017. Muitos projetos que não eram viáveis com a SELIC de dois dígitos, passarão a ser, por conta da sua redução pela metade.

Terceiro, o comércio varejista de tecidos, vestuário e calçados fechou o ano de 2016 com recuo de 10,9%, quando comparado ao ano anterior. Agora, em 2017, há uma expansão de 7,6%. Ainda que não recupere totalmente a queda do ano passado, trouxe alívio e, consequentemente, promoverá a necessidade de renovação dos estoques do comércio.

Diante desse cenário todo, o IVV-SP respondeu positivamente. Ademais, a redução da carga tributária de ICMS promovida pelo decreto 52.650/17 começa a trazer resultados, uma vez que empresas varejistas que estavam abandonando compras de indústrias do vestuário paulista mudaram de posição, pouco depois da medida.

Em suma: 2017 teve ações concretas em termos nacionais, e também regionalmente, para um ambiente de negócios mais amigável à produção em São Paulo. O que se sabe de 2018 é que essa recuperação deve continuar, a despeito dos riscos de um ano eleitoral e das incertezas que vêm de Brasília; do Congresso (não votar a reforma da Previdência, por exemplo) e mesmo do Executivo (retomar a reoneração da folha de pagamentos). Essas, sim, pautas-bomba para a apenas iniciante recuperação da indústria do vestuário.