Vestuário, indústria de identidade e bem-estar
VESTUÁRIO
MAIS QUE MODA, IDENTIDADE
Uma indústria que se sente na pele
Vestuário: cobre o corpo, mostra a alma.
O vestuário é um elemento tão incorporado à cultura humana, que por vezes chegamos a esquecer que ele se compõe de objetos adquiridos, para termos a sensação inconsciente de que ele faz parte de nosso próprio corpo. Parafraseando MacLuhan poderíamos classificá-lo (assim como ele fez com os meios de comunicação), como ?extensão do homem?. E a atribuição não é em nada ousada, pois o vestuário é talvez o mais eficiente meio de comunicação não verbal que o ser humano usa, nos dias de hoje e já há séculos.
?O vestuário, utilizado como interface entre o corpo humano e o meio natural e cultural, tem múltiplas funções cujas origens são complexas, não podendo ser reduzido unicamente à sua funcionalidade. Seus aspectos práticos e simbólicos são indissociáveis, resultando da elaboração cultural da qual fazem parte a linguagem abstrata e a confecção de objetos. Integrando as teorias de Ruffié, Barthes e Bourdieu, podemos considerá-lo também como uma marcante forma de expressão, ou seja, uma linguagem visual que remete ao mesmo tempo ao indivíduo e à sociedade que o produziu.