Empresas e Trabalhadores se unem em pleito do Setor de Vestuário ao Governo Federal

O presidente do Sindivestuário, Ronald Masijah, e o diretor-executivo da entidade, economista Haroldo Silva, juntamente com os líderes dos trabalhadores, João Aparecido Lima, presidente da Fetivesp, e Ubiraci Dantas de Oliveira, vice-presidente da CGTB, estiveram dia 18 de junho, em Brasília, para entregar pleito do setor de vestuário ao Ministro Gilberto Carvalho, da Secretaria-Geral da Presidência da República.

 O documento retrata a atual situação do Vestuário Brasileiro, mostrando que empresas e empregos brasileiros estão perdendo espaços frente às importações, notadamente da China.


O pleito do setor, que une trabalhadores e empresários, no intuito de implantar uma política efetiva de competitividade ao setor têxtil e do vestuário com crescimento dos empregos e melhoria dos indicadores de competitividade, requer:

 – A admissão do Regime Tributário Diferenciado (já em estudo no Ministério da Fazenda, desde 2011). Nessa proposta de tributação o setor passaria a contar com estímulos à formação de grandes empresas no setor e, com isso, poderia obter ganhos de escala e concorrer mais fortemente com os importados. Nos moldes do Simples Nacional, as empresas do setor poderiam transformar-se em grandes companhias e ainda assim pagar tributos com base nas alíquotas do SN;

– Adoção do Regime de Salvaguarda de produtos do Vestuário, permitindo que a produção e o emprego nacional não sofram com o surto de importações, sobretudo por ocasião de benefícios ilegais (no âmbito da OMC) concedidos por países exportadores.

 – Que as compras do Estado em relação ao setor sejam feitas a partir de indústrias genuinamente brasileiras;

 – Que os investimentos do BNDES priorizem, com urgência, as micro, pequenas e medias empresas genuinamente nacionais;

 – Desoneração da folha de pagamento que atinja todas as empresas do setor, da micro à grande empresa;

 – Continuação acelerada da redução das taxas de juros;

 – Controle do câmbio para evitar a sobrevalorização do real frente ao dólar;

 – Definição de uma meta de empregabilidade para o setor, caso as medidas sejam adotadas pelo Governo Brasileiro.

 Segundo dados do Depto. de Economia do Sindivestuário, a cadeia têxtil e do vestuário do País emprega hoje cerca  de 1,6 milhão de trabalhadores, brasileiras em especial, já que as mulheres são cerca de 80% desse total. Isso faz do setor o 2º maior empregador da indústria de transformação nacional. No ano passado, o setor faturou mais de US$ 60 bilhões, por meio de 30 mil empresas distribuídas por todo o território nacional. Essa indústria investe em inovação tecnológica, em processos e em treinamento para tornar-se competitiva. Nos últimos 10 anos esses investimentos foram da ordem de US$ 1 bilhão/ano.

 Para o pres

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