O Índice de Confiança da Indústria (ICI) voltou a cair em fevereiro, segundo informou ontem a Fundação Getúlio Vargas (FGV). O estudo da instituição revelou que houve uma retração de 0,3% no mês de fevereiro em relação a janeiro deste ano. No período, o indicador passou de 112,8 para 112,5 pontos, na série com ajuste sazonal. No período anterior a baixa havia sido de 1,5%. –
Embora suave em relação ao mês anterior, a queda de fevereiro leva o índice ao menor nível desde novembro de 2009, quando o indicador estava em 109,6 pontos.
Dos itens do índice de confiança que retratam o momento atual, destaca-se entre janeiro e fevereiro a continuidade do equilíbrio dos estoques industriais. Em fevereiro, a parcela de empresas que avaliam o nível de estoques como excessivo foi de 5,7%, enquanto a fatia das que o consideram insuficiente ficou em 4,5%. Em janeiro, os percentuais foram de 6,3% e 4,0%, respectivamente.
As expectativas dos empresários da indústria em relação à evolução da produção nos meses seguintes ficaram menos otimistas. O indicador do quesito ficou em 134,6 pontos, o menor desde agosto de 2010 (131,6). Das 1.128 empresas consultadas, 39,7% preveem aumentar a produção no trimestre de fevereiro a abril (ante 43,7% em janeiro) e 5,1% pretendem reduzi-la (ante 4,9%).
O ICI é um indicador cujo cálculo é baseado em cinco tópicos da Sondagem da Indústria. A partir das respostas dos tópicos, a Fundação Getúlio Vargas elabora o resultado do índice dentro de uma escala que vai até 200 pontos, sendo que o desempenho do indicador é pessimista ou otimista se a pontuação total das respostas ficar abaixo ou acima de 100 pontos, respectivamente.
Capacidade instalada
No mesmo sentido do otimismo da indústria está o Nível de Utilização da Capacidade Instalada da indústria (Nuci), que fechou fevereiro em 84,5%, ante os 84,7% de janeiro, na série com ajuste sazonal.
De acordo com a FGV, esse patamar é idêntico ao registrado em novembro do ano passado. Expresso em termos de média móvel trimestral, o Nuci ficou estável em 84,7% nos dois primeiros meses do ano, 0,5 ponto porcentual abaixo do nível máximo do ano passado, registrado nos meses de junho, julho e agosto de 2010.
Fonte:DCI
http://www.dci.com.br/noticia.asp?id_editoria=1&id_noticia=363816