Topo
Sindivestuário / Matérias  / Clima frio atrasa colheita de algodão
8 jul 2011

Clima frio atrasa colheita de algodão

O clima frio está postergando a maturação das maçãs do algodão e, por consequência, atrasando a colheita da pluma no país. De acordo com números da Associação Brasileira de Algodão (Abrapa), até agora apenas 15% da área brasileira de algodão (estimada pela Conab em 1,391 milhão de hectares) foi colhida. O percentual costuma ser de 25% nessa época do ano. Mesmo com o atraso na colheita de algodão, os preços continuam caindo, pressionados por uma fraca demanda interna.


Em geral, a largada da colheita é feita no fim do mês de maio em algumas regiões de Mato Grosso. De lá, estende-se a outros Estados, como Mato Grosso do Sul e Goiás, até chegar à Bahia. Neste momento, diz Sérgio de Marco, presidente da Abrapa, as máquinas já estão colhendo a pluma em todos as regiões produtoras com rendimentos altos, sobretudo na Bahia e em Goiás.


A exceção é o Mato Grosso, que deve ter uma perda de 8% a 10% nesta temporada, segundo ele. Isso porque faltou chuva na segunda quinzena de abril e em boa parte de maio nas áreas cultivadas com algodão safrinha, que representa metade do cultivo nesse Estado, maior produtor nacional da pluma. “As áreas goianas e baianas estão rendendo algodão com 240 a 250 arrobas por hectare. Na média de Mato Grosso, esse desempenho será menor”, diz de Marco.


Por conta dessas adversidades, a produção brasileira, antes estimada em 2 milhões de toneladas pela Abrapa, pode cair para 1,9 milhão, segundo ele.


Apesar disso, ele não vê chances de reação para cima dos preços, que vêm caindo no mercado interno a ritmo “inesperado”. “Não contávamos com queda tão acentuada”, diz de Marco. Isso porque, afirma o presidente da Abrapa, o pico da colheita ainda não chegou. “O que ocorre é que o mercado interno está retraído, à espera de preços mais baixos”, avalia.


As cotações domésticas vêm caindo com força e superam a correção ocorrida na bols