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25 mar 2011

Plus size: mulheres GG têm opções sensuais de lingerie



Danielle Barg


Um pneuzinho aqui, uma celulite ali, alguns quilos extras na balança e pronto: está formada a neura que impede muitas mulheres gordinhas a explorarem o seu lado mais sensual. O problema é comum, mas a solução pode estar na loja de lingerie mais próxima – o que não falta são opções para valorizar mulheres cujas medidas não atendem à ditadura do “manequim 36”, mas que esbanjam curvas pra lá de sensuais.

Uma reclamação frequente, por parte deste público, tem a ver justamente com a escassa oferta de peças atraentes em numerações maiores. O “Fale conosco” do site da marca DeMillus confirma: “Por que só os tamanhos menores são bonitos? Nós que usamos tamanho 52 precisamos de lingeries bonitas para realçar a beleza dos seios grandes. Dá até vergonha usar estes modelos da época da vovó. Por favor, me ajudem”, diz uma das críticas repassadas ao Terra pela vice-presidente da empresa, Eva Goldman.

Ela explica que o site foi uma das fontes de pesquisa para a criação de modelos em tamanhos especiais, que hoje vão até a numeração 54, para sutiãs, e extra grande (XG), para as calcinhas. “Trata-se de um público cada vez mais aberto a exibir sua sensualidade, independente de estar fora do padrão de beleza considerado mais clássico”, afirmou, garantindo que a marca pretende ampliar as ofertas para a linha lingerie noite e meias 7/8 para mulheres que têm coxas mais grossas.



O fato é que as confecções estão cada vez mais inclinadas a investir em tecnologia, maquinário e matéria-prima a fim de valorizar o corpo da brasileira e atender a todos os biotipos. A Duloren, por exemplo, acaba de lançar sua linha plus size, com peças confeccionadas com maior porcentagem de elastano do que as calcinhas normais. Este diferencial contribui para a maior compressão e definição das curvas.

Hoje, os tamanhos grandes representam cerca de 40% das vendas da marca. De acordo com Denise Areal, diretora de Marketing e Estilo da Duloren, os modelos de antigamente voltados a este público eram “muito sem graça”, tanto nas cores, como na modelagem: “Queremos que todas as mulheres se sintam sexy”, disse.

Na Recco Lingerie, as mulheres mais cheinhas encontrarão grande oferta de produtos na coleção “Bella G”, que busca favorecer este biótipo com decotes em “V”, cortes evasês e alças largas, sem deixar de lado as rendas, cores alegres e o a cor preta, ótima aliada de quem está com uns quilinhos a mais. A linha já existe há 12 anos e vai até o manequim 56.

A grife Água Fresca também já embarcou no plus size, apostando em sutiãs com bojos estruturados e calcinhas com laterais mais largas, que amenizam as gorduras. “O tamanho GG para moda íntima era sinônimo de lingerie para senhoras, com peças só cor da pele e bem discretas, mas o que as mulheres querem são peças maiores, com a mesma sensualidade de uma peça em tamanho regular”, confirma a dona da empresa, Juliana Moraes.

Os números crescem, o mercado atende

Independentemente do modelo, da cor ou da textura, um aspecto comum une as marcas de moda íntima que decidiram apostar no plus size: a demanda cresceu. A marca Dilady, que tem uma linha composta por numerações maiores, do 48 ao 54, atribui às peças 30% da produção total da confecção.

Em meio a uma gama diversificada de produtos voltados às gordinhas, estão tangas com regulagem, camisetas modeladoras, sutiãs e bermudas redutoras. “Pretendemos ampliar ainda mais ess