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1 nov 2012

Desempenho no atacado afeta ganhos da Hugo Boss

A fabricante de roupas de luxo Hugo Boss contabilizou uma queda nos lucros do terceiro trimestre que contrariou as previsões. O resultado da companhia alemã se deveu à retração da receita gerada pelas vendas de atacado, após a empresa ter alterado seu planejamento de coleção.

Os lucros antes de juros, impostos, depreciação, amortização (Ebitda) e itens extraordinários recuou 7%, para ? 165 milhões (US$ 213 milhões), informou a empresa com sede em Metzingen, em comunicado divulgado ontem.

A média das estimativas de oito analistas consultados pela Bloomberg apontava para ? 182 milhões. A receita cresceu 5%, para ?646,3 milhões, ficando também aquém da média das projeções, de ? 652 milhões.

“Vamos voltar ao crescimento de dois dígitos nas vendas e lucros no quarto trimestre, com nossos negócios de inverno”, previu no comunicado Claus-Dietrich Lahrs, principal executivo da Hugo Boss, ao informar que houve uma mudança nas vendas de sua divisão atacadista do terceiro para o quarto trimestre. A receita das vendas de atacado caiu 9%, neutralizados os efeitos das oscilações cambiais.

A Hugo Boss pretende aumentar as operações de varejo para que respondam por 55% da receita até 2015, em relação aos 45% atuais. As vendas de varejo tiveram expansão de 2% no terceiro trimestre nas lojas abertas há pelo menos um ano, enquanto a receita do atacado caiu 9% em moedas locais, informou a empresa.

O varejo será, provavelmente, o maior canal de vendas até o fim deste ano ou o início de 2013, disse o diretor financeiro da Hugo Boss, Mark Langer, em julho. As ações da Hugo Boss subiram quase 35% este ano. Na segunda-feira, os papéis valorizaram 1,4%, para ? 74,22.

A Hugo Boss confirmou suas projeções de crescimento de 10% da receita para o ano como um todo, mantidas as taxas de câmbio, e de 10% a 12% do Ebitda antes de itens extraordinários.

Em relação ao lucro, a previsão é de uma alta de 11,5%, para ? 523 milhões, a partir dos ? 469 milhões do ano passado, segundo a média das estimativas de 26 analistas que foram entrevistados pela Bloomberg.

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