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11 out 2012

Vendas do varejo sobem menos em agosto; IBGE descarta perda de fôlego

Alta no volume vendido, que foi de 1,6% em junho, caiu de 1,4% em julho para 0,2% em agosto; para entidade, desaceleração no ritmo de aumento não pode ser encarada como perda do setor


A desaceleração no ritmo de aumento nas vendas do varejo na passagem de julho para agosto não pode ser encarada como uma perda de fôlego do setor, afirmou Reinaldo Pereira, gerente da Coordenação de Serviços e Comércio do  Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A alta no volume vendido, que foi de 1,6% em junho, diminuiu de 1,4% em julho para 0,2% em agosto.

O resultado veio dentro do intervalo das estimativas dos analistas ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam de uma queda de 0,90% a uma alta de 1,00%, e superou a mediana negativa de 0,10%.

Segundo Pereira, os resultados na margem oscilam com frequência. Por isso, para ele, é recomendável tomar como base o índice de média móvel trimestral, utilizado como indicador de tendências por fazer uma média dos dados no último trimestre. “A desaceleração (de 0,2% no varejo) não é um sinal amarelo. Não posso olhar o número do mês. A média móvel expressa melhor (a tendência). E a variação da média móvel cresceu. Então essa variação de 0,2% não dá esse indicativo de que a curva está descendente não”, afirmou Pereira.

A média móvel trimestral das vendas no varejo restrito vem ganhando fôlego desde a passagem de maio para junho, quando saiu de 0,09% para 0,53%. Em julho, a média móvel subiu para 0,73%, e em, agosto, ficou em 1,08%.

O gerente do IBGE explicou que a desaceleração no ritmo de aumento de vendas do comércio em agosto foi puxada pela queda de 1,1% no setor de hipermercados e supermercados, já que a atividade tem grande peso no indicador. Em agosto, a maioria das atividades do varejo restrito teve ampliação no volume vendido. Apenas três em oito registraram taxas negativas.

“O aumento de renda, a estabilidade do emprego, a redução dos juros, a oferta de crédito e o incentivo governamental, como a redução de IPI são as variáveis que influenciam o comércio varejista. Isso está por trás de todas as variações positivas”, disse o gerente do IBGE. No ano, as vendas no varejo restrito já acumulam uma alta de 9,0%. Durante todo o ano de 2011, o comércio varejista cresceu 6,7%.

Na comparação com agosto do ano passado, as vendas do varejo tiveram alta de 10,1% em agosto deste ano. Nesse confronto, as projeções variavam de alta entre 7,50% e 11,60%, com mediana de 9,20%. Até agosto, as vendas do varejo restrito acumulam altas de 9,0% no ano e de 7,8% em 12 meses.


Varejo ampliado

Quanto ao varejo ampliado, que inclui as atividade