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11 set 2015

Varejo paulista tem redução de mais de 57 mil empregos em 2015

Desde 2007, é a primeira vez que há fechamento de vagas no período.
Piores desempenhos são de vestuário, tecido e calçados e concessionárias.

Comércio em Ribeirão Preto (Foto: Maurício Glauco / EPTV)

Comércio em Ribeirão Preto
(Foto: Maurício Glauco / EPTV)

Estudo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), com base nos dados do Ministério do Trabalho e Emprego, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) e Relação Anual de Informações Sociais (Rais), revela que de janeiro a julho houve redução de 57.235 postos de trabalho – resultado de 617.369 admissões contra 674.604 desligamentos, o que representa queda de 2,6% em relação a dezembro de 2014.

Desde 2007, é a primeira vez que há fechamento de vagas no varejo paulista para o período, segundo a FecomercioSP.

Até julho, o comércio varejista paulista possuía 2.133.235 trabalhadores, dos quais 666.074 (31,2%) estavam localizados na capital, sendo 29,8% empregados em supermercados, 16,4% em outras atividades (16,4%) e 13,3% em lojas de vestuários, tecidos e calçados.

Naquele mês foram eliminadas 5.135 vagas no varejo paulista, decorrência de 78.339 admissões contra 83.474 desligamentos, o que resultou em uma ocupação formal de 2.133.235 empregados (-0,2% em relação a junho).

Para a FecomercioSP, os desligamentos dos funcionários estão diretamente ligados ao desempenho de vendas do comércio varejista. Com receitas menores, os empresários se veem na necessidade de adequar os custos ao cenário de demanda arrefecida, e uma das formas é a redução do quadro de colaboradores.

Por setor
No acumulado do ano, das nove atividades varejistas pesquisadas pela FecomercioSP, os piores desempenhos relativos são das lojas de vestuário, tecido e calçados (-8%) e das concessionárias de veículos (-5%), que registram saldo negativo de trabalhadores em todas as regiões paulistas.

Em contrapartida, os melhores resultados foram observados nos segmentos de supermercados (-0,9%) – mesmo com redução de mais de 5 mil vagas – e farmácias e perfumarias (1,1%), única atividade a apresentar alta, com criação de 1.763 postos de trabalho no período.

Segundo a FecomercioSP, o varejo de vestuários, tecido e calçados é uma das principais atividades a sentir a redução da demanda das famílias, que devido à crise financeira estão consumindo menos e concentrando seus gastos em bens essenciais, como alimentação e medicamentos.

Por municípios
Em relação ao desempenho de cada um dos 645 municípios paulistas no ano, os maiores saldos negativos foram observados em São Paulo (-14.155 empregos); Itapevi (-2.415 empregos); Ribeirão Preto (-1.981 empregos); as maiores gerações de vagas, por outro lado, foram observadas em Aparecida (228 empregos); Barrinha (183 empregos) e Mairinque (141 empregos).

Os municípios de menor porte sustentam a geração de vagas e, com isso, aliviam um pouco o saldo negativo do varejo estadual, influenciado pela perda de vagas no setor de cidades maiores.

Maiores e menores saldos no varejo paulista
1 – São Paulo: -14.155 empregos
2 – Itapevi: -2.415 empregos
3 – Ribeirão Preto: -1.981 empregos
4 – Campinas: -1.808 empregos
5 – Osasco: -1.419 empregos
6 – Guarulhos: -1.346 empregos
7 – Sorocaba: -1.282 empregos
8 – São José dos Campos: -1.215 empregos
9 – Jundiaí: -1.128 empregos
10 – Piracicaba: -1.071 empregos

1 – Aparecida: 228 empregos
2 – Barrinha: 183 empregos
3 – Mairinque: 141 empregos
4 – Carapicuíba: 138 empregos
5 – Arujá: 135 empregos
6 – Vinhedo: 92 empregos
7 – Elias Fausto: 70 empregos
8 – Torrinha: 62 empregos
9 – Itaquaquecetuba: 58 empregos
10 – Campos do Jordão: 56 empregos

Fonte: G1