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29 out 2008

Sindivestuário na imprensa: Presidente Ronald Masijah fala de um Natal melhor em 2008

 

Meu limão, minha limonada.

Fonte: Cluna José Nello Marques –  28 10 2008


O presidente do SindiVestuário, entidade das indústrias de confecção, Ronald Masijah, projeta para este ano um Natal melhor do que o de 2007 para o setor. Pelo menos na questão de roupas importadas da China, que inundaram o mercado na data passada, os empresários estão mais otimistas e estimam  um aumento na produção  de cerca de 8% em relação ao mesmo período do ano passado.


?Deste limão, a crise econômica mundial, vamos fazer uma limonada, tirar algo positivo?, compara Ronald Masijah. ?O dólar na casa dos R$ 2,30 ou R$ 2,50 protege de uma certa forma a indústria e o emprego no Vestuário, que vem perdendo competitividade para as importações de roupas chinesas devido ao câmbio muito baixo nos últimos 12 meses?.





Crise deve beneficiar indústrias têxtil e de vestuário




JACQUELINE FARID – O Estado de S.Paulo


RIO – As indústrias têxtil e de vestuário deverão ser beneficiadas pela crise e chegarão ao Natal deste ano e em 2009 com aceleração do crescimento, na contramão da desaceleração prevista para a economia brasileira, segundo avaliam executivos das principais entidades do setor. A expectativa da Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção (Abit) é de que os investimentos do setor no ano que vem, previstos em US$ 1 bilhão, sejam mantidos.

Prejudicadas pelo aumento das importações de produtos concorrentes, especialmente da China, por causa da valorização do real ante o dólar, as empresas do setor encaram a atual depreciação cambial como oportunidade para recuperar o espaço perdido no mercado interno.

A balança comercial do setor têxtil deverá somar um déficit de US$ 1,6 bilhão este ano, segundo projeção do conselheiro da Abit, Rafael Cervoni, que também é presidente do Sinditêxtil-SP. Segundo ele, as importações são o principal fator a explicar a significativa diferença entre o crescimento nas vendas no varejo de tecidos e confecções (10,2% no acumulado de janeiro a agosto, segundo o IBGE) e da indústria do setor.

Do total produzido pela indústria têxtil no Brasil, 92% ficam no mercado interno. O presidente do SindiVestuário, entidade das indústrias de confecção, Ronald Masijah, avalia que nem mesmo a perspectiva de desaceleração do crescimento da demanda doméstica é considerada um obstáculo para o setor. Ele também acredita que a crise pode ser uma oportunidade para o setor concentrar as expectativas positivas, sobretudo, no próximo Natal. “Deste limão, a crise econômica mundial, vamos fazer uma limonada e tirar algo positivo”, disse.

A avaliação de Masijah é que, no fim deste ano, as importações já terão caído o suficiente para elevar as vendas dos produtos nacionais em 8% em relação ao Natal do ano passado. “Os preços dos importados estão ficando mais próximos dos nacionais e o nosso produto tem melhor qualidade”, explica. Além disso, ele acredita que recursos que estavam concentrados no pagamento de prestações de bens duráveis, como automóveis, vão ser revertidos para o consumo de vestuário com a crise.