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9 fev 2012

Setor têxtil tem a maior queda de faturamento em 2011

BRASÍLIA – O setor “outros transportes”, que incluí de vagões a helicópteros, passando por elevadores, foi o que apresentou o melhor desempenho da indústria no ano passado, segundo divulgou a Confederação Nacional da Indústria (CNI). Como era de se esperar, o setor têxtil, um dos principais alvos da concorrência com produtos importados, foi o que apresentou o pior resultado em 2011.


Dos 19 setores avaliados pela CNI, 15 registraram alta no faturamento real no ano passado. Alguns, com crescimento de dois dígitos, como “outros transportes”, que registrou um avanço de 28,4% no ano passado na comparação com 2010. O setor foi seguido por material eletrônico e de comunicação (20,6%), couros e calçados (17,5%), produtos de metal (13,2%) e máquinas e equipamentos (7%). Na outra ponta, o setor têxtil registrou encolhimento de 9,2% no faturamento do ano passado sobre o de 2010. Na sequência vieram: madeira (-1,9%), refino e álcool (-0,9%) e alimentos e bebidas (-0,4%).


De acordo com o gerente-executivo de políticas econômicas da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Flavio Castelo Branco, o ciclo de produção de “outros transportes” é longo. “Além disso, são itens produzidos, muitas vezes, sob encomenda”, ressaltou.


O crescimento do total de horas trabalhadas nesse setor também foi o maior do ano passado, conforme o levantamento da CNI: houve uma expansão de 9,9% em 2011 na comparação com o ano anterior. Em seguida vieram Borracha e plástico (7,3%), minerais não-metálicos (4,9%), metalurgia básica (4,2%) e veículos automotores (3,5%). “São segmentos mais direcionados à demanda doméstica e que não possuem tanta concorrência com os importados”, avaliou Castelo Branco.


Entre os setores que apresentaram maior queda no total de horas trabalhadas no ano passado ante 2010 estão madeira (-6%), vestuário (-3,2%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (-2,9%), produtos químicos (-2,4%) e couros e calçados (-2,2%). “Aqui, a concorrência com os produtos importados é muito forte”, comentou o gerente-executivo.


Fonte: Estadão