O “pibinho” fez com que Ronald Masijah suspendesse cerca de US$ 600 mil em investimentos em 2012.

Diretor da Darling Confecções, fabricante de lingeries, o empresário precisava urgentemente de uma nova máquina de cortes e de um novo sistema de expedição (saída das peças da fábrica).

Ronald Masijah presidente do Sindivestuário 

A nova máquina de cortes substituiria um equipamento de 12 anos que, além da falta de agilidade, corre o risco de parar a qualquer momento. Importado da França, o equipamento custaria U$$ 300 mil. “Já estava negociando quando suspendi o projeto”, afirma Masijah.

O motivo: as incertezas do mercado e o aumento de importações da China. Além do corte, o empresário queria reestruturar o sistema de distribuição, com um equipamento que consumiria outros U$$ 300 mil. A nova máquina permitiria o registro automático de várias unidades em sua saída da fábrica. Hoje, o procedimento é feito peça por peça. Em novembro, depois de meses de vendas fracas, cancelou a compra.

“Isso está me fazendo muita falta. Segurei o projeto, não fui para frente, por conta dessas incertezas”, afirma ele. “Essa informação do ‘pibinho’ é um desastre total.”

Fonte: Folha de São Paulo