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2 jul 2019

Produção Industrial SP/BR – Têxtil e Vestuário – Abr/2019

O IBGE divulgou o resultado da produção física para o mês de abril de 2019. Nada alentador, diante de um grave quadro crítico, do ponto de vista econômico e social, que não parece ter fim. No Brasil, no acumulado de 12 meses, a indústria de transformação contabiliza queda de 0,9%; a indústria têxtil 3,7% de recuo; e a indústria do vestuário encolheu 4,2%. Por esses indicadores, o País caminha para a recessão, mas a indústria têxtil e de vestuário já estão.

No que se refere ao Estado de São Paulo, também em 12 meses, terminados em abril/19, os números são ainda piores, quando tomados em conjunto. A indústria de transformação recuou 2,3%; a indústria têxtil caiu 1,5%; e a do vestuário registrou um tombo de 7,8%. Como se vê, o vestuário paulista vem sofrendo bem mais do que o restante do Brasil. As diferentes facetas da Guerra Fiscal estão presentes e se somam aos fatores nacionais, derrubando a produção paulista, mais do que a brasileira.

Passou da hora de se fazer algo de efetivo. Em 2018, as expectativas eram a de que um novo governo, mais amigável aos negócios, poderia trazer melhoria substancial à economia. Depois, atrelou-se esse desempenho superior da atividade econômica ao avanço da Reforma da Previdência – que está tramitando até com celeridade e sem ser desfigurada, garantirá ao Estado poupar algo como R$ 1 trilhão – mas, agora, já se fala que outras reformas serão essenciais para uma real retomada do crescimento do PIB.

Não se trata de ser contrário ou favorável à Reforma Tributária, por exemplo. O meio empresarial mostrou e defende essa necessidade faz muito tempo. Claro que ela é prioritária. Contudo, fica cada vez mais evidente que algo precisa ser feito já, para melhorar o desempenho da economia que tem cerca de 14 milhões de desempregados, sem falar nos subocupados. Baixar os juros básicos, por exemplo, também não resolve, por si só, mas é indicativo adequado de que o governo está empenhado, para além das reformas. Enfim, algum alívio precisa ocorrer, e logo, sob pena de até mesmo frações de aliados de primeira hora perderem a paciência.

Ademais, não é missão do Banco Central “fomentar” a urgência das reformas, por meio da manutenção da Selic em 6,5% ao ano. Sua missão é com a taxa de inflação, que está projetada para 3,8%, para 2019, portanto, permitindo a queda dos juros já. O que se sabe, de fato, é que faz 18 semanas que o relatório Focus do Banco Central aponta para uma queda no desempenho do PIB, para o ano de 2019; agora com estimativa de crescimento de apenas 0,87%. Decepcionante, com viés de baixa.

MSc. Haroldo Silva – Membro do Corecon-SP