RIO – A produção industrial brasileira apresentou retração de 0,9% em maio na comparação com abril, divulgou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), na Pesquisa Industrial Mensal ? Produção Física (PIM-PF). É o pior resultado desde janeiro deste ano, quando a produção caiu 1,9%, ante dezembro.
O resultado foi pior que o recuo de 0,65% previsto na média das estimativas de 11 instituições coletadas pelo Valor Data.
Em relação ao mesmo mês do ano passado houve baixa de 4,3%, nono resultado negativo nessa base de comparação e a pior taxa desde setembro de 2009, quando houve queda de 7,6%.
Em abril, a produção cedeu 0,40% sobre março, dado revisado de queda de 0,20%.
O recuo na passagem de abril para maio, feitos os ajustes sazonais, foi provocado pela queda verificada pelo IBGE em 14 dos 27 ramos investigados.
O setor de veículos automotores liderou a queda da produção (-4,5%), movimento que interrompeu três meses de taxas positivas consecutivas, que tinham acumulado crescimento de 22,7%. O setor de alimentos (-3,4%) veio em segundo lugar.
Outras contribuições negativas relevantes sobre o total da indústria foram as de material eletrônico, aparelhos e equipamentos de comunicações (-10,9%), metalurgia básica (-2,4%), celulose, papel e produtos de papel (-3,0%), outros produtos químicos (-1,0%) e calçados e artigos de couro (-5,3%).
Entre as atividades que ampliaram a produção, os desempenhos de maior importância para o resultado global da indústria brasileira em maio foram registrados por produtos de metal (13,2%), que eliminou a perda de 6,1% acumulada em três meses de taxas negativas consecutivas, indústrias extrativas (1,5%), borracha e plástico (2,6%), máquinas e equipamentos (1,2%) e refino de petróleo e produção de álcool (0,9%).
Em relação a maio de 2011, a produção de bens de capital caiu 12,2% e a de bens intermediários cedeu 2,7%. Já a produção de bens de consumo duráveis caiu 9,5% e de bens de consumo semi e não duráveis recuou 2,7%.
No acumulado do ano até maio, a produção de bens de capital cedeu 12%, a de bens intermediários recuou 2%; a de bens de consumo duráveis caiu