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14 ago 2018

Produção Física Regional – Junho/2018

O IBGE divulgou a produção física das indústrias brasileiras, relativa ao mês de junho/2018. No levantamento, é possível ver o desempenho nacional e o de São Paulo, no período, tanto da indústria de transformação, quanto da indústria do vestuário e têxtil, de forma desagregada.

A indústria de transformação tem operado no campo positivo dos dados, muito influenciada pela retomada de bens duráveis, sobretudo automóveis, depois de muitos meses em queda. Nos seis primeiros meses de 2018, a indústria de transformação brasileira cresceu 2,8% e em São Paulo 4,8%, no mesmo intervalo de tempo, a despeito da greve dos caminhoneiros que derrubou o resultado de maio, especialmente.

A indústria têxtil nacional recuou 0,9%, no primeiro semestre de 2018, frente a idêntico período do ano passado. No caso de São Paulo, a indústria têxtil ficou praticamente estável, com 0,4% de queda. Nesse aspecto, a indústria têxtil paulista, embora ainda esteja com alta de 3,5% no acumulado de 12 meses, esse número tem ficado cada vez menor. Aqui, a preocupação é a de que o pedido da confecção de hoje é a produção da têxtil de amanhã, dada a demanda altamente correlacionada.

No que se refere à indústria do vestuário brasileira, o primeiro semestre de 2018 contabiliza 3,8% de redução, na produção. No Estado de São Paulo, por outro lado, o tombo está em 11,1%. Difícil de explicar, sobretudo depois do setor ter sido – assim como o têxtil – beneficiado com a nova sistemática de tributação do ICMS paulista. Difícil, mas não impossível. A despeito do benefício tributário que reduziu a assimetria concorrencial entre as empresas paulistas e as dos estados vizinhos, a importação de vestuário em São Paulo foi 33% maior, entre janeiro e junho de 2018 [4 pontos percentuais acima do número nacional, que inclui SP].

Por fim, embora o câmbio médio do ano passado tenha sido algo como R$ 3,19, por dólar, e atualmente esteja próximo aos R$ 3,80, as compras internacionais feitas, sobretudo por grandes varejistas, tinham como base o real bem mais valorizado. Os efeitos dessa valorização (19%) começam a ser sentidos na importação, mas devem maturar a médio prazo. Contudo, o maior problema está na debilidade da economia interna, sobretudo por razões políticas, que só devem melhorar depois de novembro. Claro: a depender da(o) “eleita(o)”.

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