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7 out 2011

Paris traz um verão de luxo e feminino; veja tendências



Rosângela Espinossi


Depois de um mês na corrida entre uma passarela e outra, um país e outro, um continente e outro, terminou a temporada de moda primavera-verão 2012 no Hemisfério Norte, com os desfiles de Paris encerrados nesta quarta-feira (5). Lembrando que Paris é Paris e é de lá que saem os desfiles mais autorais e menos pasteurizados das passarelas.

No vácuo dos desfiles de alta-costura, reservados a apenas a algumas grifes, o prêt-à-porter da maioria das marcas trilha a estrada do sofisticado, chique e precioso trabalho de fazer roupa. Por outro lado, a limpeza das formas, nessa era de crise econômica, chega também forte para a estação. Seguem alguns caminhos apresentados em Paris para a temporada quente do ano que vem.

Alta-costura pronta para vestir – A extrema delicadeza de peças, que recebem aplicações, bordados, brilhos recortes e transparências chiques, aparece na maioria dos desfiles parisienses. Parecem até roupas de concepção simples, mas com uma extrema dificuldade de execução.

Brilho – Os tecidos metalizados mantêm-se vivos e vibrantes para o verão 2012. Vêm em peças lisas, com efeito changeant, como nos tafetás, ou em fitas brilhantes juntas, que parecem nervuras, e também em brilhos que lembram lurex e brocados. Aplicações de cristais, pérolas placas (como no retorno da grife Paco Rabanne, agora desenhado por Manish Arora, que prestou uma homenagem ao estilo do fundador).

Cintura – Continua chamando a atenção nas silhuetas. Vêm marcadas não só por cintos, como se viu à profusão em Nova York, Londres e Milão, mas também por encaixes e apertos, de onde derivam mais panos, babados, realçando volumes nos quadris.

Décadas – Os anos 50 direcionam as silhuetas das roupas, com as saias mais larguinhas partindo da cintura marcada. Para compor, casaquetos e blusinhas. Por outro lado, os anos 20, como já foi visto em outros países, também começa a tomar forma, descendo a linha do tronco e deixando as peças mais retas.

Minimalismo – Se aparecem brilhos, bordados, volumes, sobreposições e babados, as linhas limpas também são firmes e fortes. Por isso, a presença, além das saias godês, também das saias tipo lápis, secas. Camisas e calças compridas, algumas justas, mas muitas mais confortáveis, dividem espaço com as saias, muitas, e com casquinhos e jaquetas.

Cores – O color blocking tão forte atualmente começa a ceder espaço para tons mais suaves, apastelados, mas quem domina mesmo a cartela de cores é o branco, junto com o coral e as cores inspiradas em pedras preciosas – leiam-se tons vivos, mas mais profundos. O azul é outra tonalidade forte, ao lado do verde e dos puxados para o mostarda e avermelhados.

Estampas – Sim, elas também surgem, mas como menos presença do que em Londres e Milão. Desenhos geométricos, florais e algumas listras dão as caras aqui e ali. Entram também algumas divertidas, como sempre faz Jean Charles Castelbajac, que com desenhos de Mickey Mouse.

Efeitos especiais – Além dos brilhos, patchwork de estampas e tecidos traçam impressões geométricas nas roupas, assim como o uso de duas cores numa mesma peça ou cores em bloco (não necessariamente os tons vivos). Exemplo: tons enferrujados com branco, preto e branco e por aí vai. Eles se misturam em linhas horizontais e verticais. Amarrações para criar volumes também valem, assim como sobreposições. Ah: não dá para se esquecer dos vazados, formando desenhos de