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5 jun 2020

Em crise, estilistas que dominam a moda de luxo se rendem ao poder da Amazon

No dia 21 de maio, a Amazon saiu em resgate do setor americano de moda –que está em forte crise–, ou pelo menos de um de seus segmentos, especialmente problemático –os estilistas independentes de produtos de alto preço.

Em parceria com a revista Vogue e com o Conselho de Estilistas de Moda dos Estados Unidos, o CFDA, anunciou o lançamento da loja Common Threads, que reúne 20 grifes criativas respeitadas.

“Estou entusiasmada por anunciar essa parceria”, disse Anna Wintour, editora-chefe da Vogue e diretora de criação do grupo editorial Condé Nast. “Embora não exista uma solução simples para nosso setor, que sofreu um abalo tão grande, esse é um passo importante na direção certa.”

A decisão vai criar um novo veículo de comércio para marcas que estão em risco de quebra, depois que a Covid-19 forçou o fechamento de lojas. Mesmo empresas de varejo eletrônico de luxo como a Net-a-Porter tiveram de fechar seus armazéns.

O projeto também transforma em paladina do setor uma empresa, a Amazon, que costuma ser vista, se não como um inimigo, ao menos como um pretendente inadequado, no que tange ao mundo dos estilistas. E confere a Jeff Bezos alguma influência sobre uma comunidade que até agora em geral suspeitava dele.

O presidente-executivo da Amazon não é um salvador. Há talvez muita coisa a ganhar para ele. Bezos estava de olho na porção mais reluzente e atraente do setor têxtil.