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5 out 2012

Copa 2014 vai ampliar a oferta de produtos

O Brasil vai sediar a Copa do Mundo só daqui a dois anos, mas a bola já está rolando nos gramados empresariais. Os micro e pequenos empreendedores, que somam 6,5 milhões de empresários no Brasil, não querem ficar no banco de reservas e pretendem ampliar sua oferta de produtos. Para isso, o Sebrae lançou no ano passado o Sebrae 2014, um programa para capacitar esse setor para a grande oportunidade econômica gerada pela Copa do Mundo, numa preparação também para a Olimpíada de 2016.

Segundo Bruno Caetano, superintendente do Sebrae-SP, foi contratada uma pesquisa junto à Fundação Getúlio Vargas (FGV), que mapeou os dez principais setores que poderão ser beneficiados com o evento esportivo: comércio varejista, construção civil, economia criativa, madeira e móveis, produção associada ao turismo, serviços, tecnologia da informação, turismo e vestuário.

O objetivo é fazer com que as micro e pequenas empresas (MPEs) cresçam dos atuais cerca de 25% de participação no Produto Interno Bruto para até 40%, próximo ao que é verificado na Argentina e no Chile, afirma Caetano.

Além de continuar ajudando os empresários a montar seus planos de negócio, consultoria financeira e jurídica, o Sebrae vem realizando workshops em suas unidades em todo o país para orientar os empreendedores sobre as regras da Fifa para o licenciamento de marcas e lançará, até o fim do ano, um portal para que as MPEs possam conhecer melhor as demandas por produtos de grandes empresas e consigam fechar negócios tendo em vista 2014. “Não é uma ideia nova, isso já aconteceu na Olimpíada em Londres, e que deu muito certo. O Sebrae está trazendo essa ideia para o Brasil. Seria como um site de classificados”, diz Caetano.

De acordo com José Bento Desie, consultor do Sebrae-SP, o empresário precisa entender que as principais oportunidades vão além daquelas relacionadas diretamente à Copa do Mundo. “O grande tema que a Copa traz é a brasilidade. A gente verifica por pesquisas que a expectativa dos consumidores que virão pra cá está voltada para encontrar produtos com a cara do Brasil. Não só os estrangeiros, como os nacionais também”.

Flávio Secchin, coordenador do Projeto de Licenciamento para a Copa do Mundo 2014 da Globo Marcas, concorda. Segundo ele, os micro e pequenos empresário não devem tentar concorrer com uma grande empresa que produzirá camisetas oficiais em larga escala e a custo baixo, por exemplo. “A ideia é descobrir nichos, oportunidades regionais, coisas ligadas ao artesanato, sustentáveis, materiais diferenciados, que uma grande indústria não vá fazer, como algo customizado para as cidades sedes. Aí há uma oportunidade grande no licenciamento para as MPEs”, diz.

A Globo Marcas também licenciará canais de distribuição: lojas oficiais nas ruas e na internet, vendas para o varejo e quiosques. Outra oportunidade para o micro e pequeno empresário é montar um quiosque oficial dentro de um shopping, afirma.

Apostando no conceito de brasilidade, a empresa Arte em Cena, de Campinas (SP), busca junto à entidade empresarial a qualificação necessária para desenvolver o projeto “Samba na bola”: um show musical que canta a história do samba através das Copas do Mundo desde 1919. “Este projeto é resultado de uma pesquisa desenvolvida pela musicista e compositora Ana Person, que também é cantora e participa do show”, diz Silvia Schober, gestora cultu