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4 mar 2013

A mulher Dior será “poética e romântica” no próximo inverno

“Romântica”, “poética”, “artística” e “feminina” foram os adjetivos escutados por quem assistiu o desfile da maison Christian Dior, nesta sexta-feira em Paris, que manteve o espírito do fundador da marca e ao mesmo tempo refletiu a sensibilidade de seu estilista, Raf Simons, que teve como colaboradora para alguns dos looks a Fundação Andy Warhol.

As modelos caminhavam por um cenário onírico inspirado pelas nuvens do surrealista René Magritte, e suas silhuetas refletiam em gigantes esferas metálicas que pendiam do teto.

O estilista belga (Neerpelt, 1968), que está a frente das coleções da maison Dior desde 2012, após o escândalo de março de 2011 com a queda do britânico John Galliano, diretor artístico da marca por 15 anos- propôs 48 looks, entre eles duas túnicas de modelagem ampla com estampas do pai americano da pop art.

“Para mim Warhol faz muito sentido”, disse Simons no release do aplaudido desfile, em que destaca sua colaboração com a Fundação Andy Warhol.

“Me interessava a delicadeza e sensibilidade do trabalho que Warhol fez no início”, acrescentou Simons, lembrando também que Christian Dior, fundador da histórica marca, começou sua carreira como dono de uma galeria e representou no início de carreira o espanhol Salvador Dalí e o suíço Alberto Giacometti.

A coleção criada por Simons incluiu desde elegantes casacos em pele de astrakan (tipo de cordeiro) e vison ou em suave lã vermelha, adornado com um laço, até delicadas capas em seda rosa pálido sobre um corpete preto e uma saia curta em seda azul marinho metálico, passando por vestidos tomara-que-caia.

No desfile da Dior, que aconteceu em um lugar histórico de Paris, Les Invalides, não poderiam faltar as calças cigarrete, justas até os tornozelos e os looks de cintura marcada, assim como a emblemática jaqueta Bar, todos inspirados nos arquivos Dior.

O estilista belga trouxe também para a passarela saias de cortes irregulares, minissaias e casacos-vestidos em uma paleta que ia do branco e rosa, suas cores fetiche, até o preto.

“Fiquei encantado com esta coleção, achei poética, artística, mas ao mesmo tempo dá vontade de usar essa roupa”, disse à AFP a modelo russa Natalia Vodianova.